Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o eu faço de mim com o que fizeram de mim!

sábado, 6 de março de 2010

Voltar a amar ;)

De que é feito o amor? De vontade, de tempo, de perfeição. De espera, de respeito, de paciência. De doçura, de proximidade, de generosidade. De sonho, de paixão e de alguma tristeza. Há pessoas que ficam muito tristes quando percebem que se vão apaixonar. E outras que ficam ainda mais quando se apercebem que não conseguem atingir esse estado exaltado e sublime que faz parar os ponteiros do relógio, satura as cores e traz uma luz perfeita à existência.

Eu pensava que sabia o que era o amor. O amor puro, incondicional, intemporal e inabalável que resiste a tudo, ao frio, à solidão, ao vento e à chuva, ao tempo e ao modo, à ausência e à distância. Cada dia que vivi nesse estado de graça era um dia cheio, podia ser o derradeiro, porque nada contava além desse sentimento abrasador, invasor, arrebatador que me tomava os membros e a alma, a cabeça, os olhos e o peito, as horas, minutos e segundos, que tomava conta da minha vida e de mim.

Não me interessava se o meu objecto amoroso, um rapaz afinal igual a tantos outros com olhos de criança e andar elástico, me amava ou me queria, tal era a dimensão do que por ele sentia. E, sem nunca desistir, habituei-me à ideia de que o amor era amá-lo, mesmo na ausência, na tristeza, no vazio das minhas mãos que se davam uma à outra sem que uma terceira as agarrasse para me dizer:
- Estás enganada, é preciso outra pessoa para construir o amor.

Quando nos habituamos a dar, receber torna-se um exercício difícil, quase assustador. Quando vivemos numa elevação permanente, baixar à terra parece-nos torpe e pouco digno. Quando somos náufragos dentro de nós mesmos, todas as praias são miragens e esquecemo-nos de procurar um porto de abrigo. E habituamo-nos a uma tristeza permanente que nos faz ver o mundo desfocado e que nos protege da luz que já fomos.

É muito difícil voltar a amar. Amar sem tempo, sem exigências, sem medo. Amar por amar, querer sem pensar, sonhar sem recear, deixar o barco partir outra vez. O barco balança mas a âncora não sobe, as velas enrolam-se de recato e cansaço, o vento não sopra e muito pouco muda.

Mas porque é impossível sobreviver no deserto ou navegar para sempre, há instantes de amor, momentos perfeitos em que sentimos outra vez o sangue a ferver, os olhos mudam de cor e as mãos voltam, por breves segundos, a entrelaçar-se, quando alguém nos diz ao ouvido:
- Estás enganada, pode ser isto o amor.

E pode, e deve e nós até queremos que seja, mas o coração não obedece a nada senão à sua própria vontade e o amor continua a ser um mistério que não sabemos como começa nem quando acaba. "I guess i’m luckier than some folks/I knew the thrill of loving you", canta o Chet Baker enquanto escrevo estas linhas para nelas guardar instantes perfeitos que desejaria transformar numa vida inteira. Mas a vida é isto: acho que tenho mais sorte que os outros, pois já amei alguém. Agora, aprendi a amar a vida, a cor da lua quando enche, o tempo que passamos juntos, tu e eu, num sossego só nosso, feito de pequenos instantes perfeitos que se vão dissolvendo na espuma dos dias.

terça-feira, 2 de março de 2010

Ainda penso em ti

Quando amamos alguém, não perdemos só a cabeça, perdemos também o nosso coração. Ele salta para fora do peito e depois quando volta, já não é o mesmo, é outro, com cicatrizes novas. Ás vezes volta maior, se o amor foi feliz; outras, regressa feito numa bola de trapos, é preciso reconstrui-lo com paciência, dedicação e muito amor-próprio. E outras vezes não volta. Fica do outro lado da vida, na vida de quem não quis ficar do nosso lado.”

“Ainda penso em ti todos os dias, ainda tenho saudades tuas, mas saudades um do outro é algo que vamos sentir sempre não é? Quando duas pessoas foram tão próximas como nós, e viveram essa proximidade de uma maneira única, aquilo a que tão raramente podemos chamar intimidade, há marcas que ficam para sempre, sendo por isso inútil, e até ingénuo tentar apaga-las.”

sábado, 20 de fevereiro de 2010

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Não sei o que dizer, com que cara te olhar...
Acho que deitei tudo a perder, a nossa amizade era tão especial e tenho receio de ter estragado tudo! Naquela noite não consegui descansar nada, só pensava o que seria que tu pensavas de tudo o que te tinha dito, como irias reagir dali para a frente!
Podes nao acreditar mas não consigo andar com a tua aliança, nao consigo ter as tuas fotos á vista que me dá um aperto no coração, uma vontade inexplicável de chorar..
Passou-se muita cena e acabei por baralhar tudo, deves pensar que digo isto por causa da resposta que me deste mas não é nada disso ...
Como tu próprio disseste és o meu anjo,admiro-te , respeito-te , venero-te e amo-te por isso mesmo :D
Como pude pensar outra coisa, sou tão TARALHOCA

domingo, 7 de fevereiro de 2010

O caminho


Qualquer pessoa consegue mudar a sua própria vida, pode sempre escolher o caminho que quer seguir, seja ele certo ou errado. Quantas vezes escolhemos o caminho mais fácil para não sentirmos determinados sentimentos, podemos não os sentir nesse exacto momento mas mais tarde vamos sentir… a dobrar.
Gostamos tanto de nos queixar, mas não temos razão pois podemo-nos adaptar àquilo que nos sucede. Podemos aguentar. Podemos esperar. Mas quando actuamos mal, quando as nossas escolhas são contrárias à nossa natureza humana, temos que culpar algo ou alguém.
Levamos tanto tempo a perceber que o erro é nosso que às vezes chega a ser tarde de mais para podermos voltar a trás e emendar o nosso erro.
É errado pensar que a vida é um jogo e que, se algo não correr exactamente de acordo com as nossas expectativas, podemos jogá-lo de novo desde o início, com novas oportunidades. Seria uma tolice considerar que temos direito a um caminho de triunfos, sem sofrimentos nem desilusões, sem coragem nem heroísmo. Porque isso não sucede a ninguém e não é deste mundo. Aqui é preciso escolher e, depois, seguir em frente até ao fim. Embora muitas vezes com os ombros pesados de cansaço, de dor, de desilusão, de fracasso...

Não sei á quanto tempo te conheço pois para mim conheço-te desde sempre, é uma mistura de sentimentos que não sei explicar pois é tudo tão magico mas ao mesmo tempo tão real. Como isso é possível?
Recordo-me tão bem da segurança que me davas com um simples olhar, com um simples gesto! Queria sentir o teu calor junto do meu, queria sentir o bater do teu coração, queria tanto …
Lembraste daquela noite que dormimos junts? A cama era tão pequenina que tiveste que meter o teu braço por cima de mim, o meu coração quase que explodia de emoção mas mesmo assim tive que me conter pois não podia demonstrar tal sentimento! Não queria que aquele momento passasse nunca, ficaria ali eternamente … lembro-me que não conseguias adormecer e então a única cena que te acalmava era mexer no teu umbigo ou na orelha ;,)
Sempre pensei que seriamos por muito mais tempo mas … o tempo foi passando e sem me aperceber muita coisa foi mudando :(
Sinto e sei que contigo a meu lado superamos tudo, que nada nem ninguém nos atinge, que tudo faz sentido.
Foram tantos os sentimentos compartilhados, tanto as tristezas, frustrações, ciúmes como alegrias, esperanças, confiança mas no fim tínhamos sempre um sorriso.
É por ti, este meu sorriso … porque mesmo nas horas mais tristes houve um nos e um sorriso que se constituiu .
“És a minha vida!”
O tempo passou e hoje sei que sempre fui apaixonada por ti !

talvez esteja errada á cerca de te contar a verdade ou não mas acho que depois de tudo é isso que te devo!
Amo-te de verdade, desculpa


…"